sexta-feira, 13 de junho de 2008

Vai, querido, ver o que te segue...
Me costuraste as canções todas nos dedos da memoria; que inferno és tu, Tales querido...
não tenho paz, pois que em toda casa habitas; queria eu ter forças de arrancar-te inteiro como cupim da alma... Mas não posso, pois que enfeitiçastes meu chá, antes selvagem.
Tenho ganas de morder-me, pois penso em ti meu corpo inteiro, por dentro e fora primavera.

Fragmento Para Tales, Aquele de Chapeu

Passastes por mim ontem, balbuciando extrema unções, acaso não te lembres. Foi como se me arrancasse as pernas pelas raízes, porque nunca supus tuas tolas preocupações.
(...)Por certo desconheces anos em segundos... Curiosamente não tens memoria mais de nada, querido...
Mas a vida varre, enfim, centenas sem minhas vontades, e cabe-me apenas, fumar um ultimo cigarro desejando que te quedes ridículo, ainda tarde do que nunca.