sábado, 23 de agosto de 2008

Vinho da Alma

No reino da hiperlucidez tomas gim comigo, sentado no jardim e de chapéu
Te esqueces de ti mesmo, apenas amando-me sem fim
O vento morno precipita, cospe
Das nogueiras saltam perfumes
As nogueiras são liláses
Teu chapéu escorre de tuas mãos, o gim escorre, os jardins, as árvores e os frutos quentes escapam-nos
Ficamos esquecidos, a sós
E tu continua a amar-me, preservado
Ao redor, tudo flotando
Bromélias, amarilis perfumadas
Um anão desandado anuncia novos rumos, outros reinos escolhidos
Esquilos cochilam a mirar-nos
Estamos fluídos e espumados, sem distinção
"La Mirada é Verdadeira"

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