quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Noite passada abriram-se sóis quebrando as janelas
Eram tão belos... Verde luminosos, castanhos, alaranjados, azuis celestiais, encarnados.
Crispavam a cama, não me deixando dormir, sussurravam-me muito aqueles raios
Que lúdico, tantos sóis na madrugada!
Passei assim, enternecida, até agora pouco, quando devagarito foram desbotando aquelas cores cheias de orgias...
A alma deitadinha, extasiada, ia balouçando mais e mais com o vento novo que surgia
Rangendo tudo, dentro e fora
Quase pingando.
"Perdi minha metade. Perdi minha metade."
Meus anjos falavam, despencados.
"É lua alta agora, te aquieta. Invasão de estrelas. Sonhos apenas."
Judiaria... Ser feita de tanta humanidade
Querer apreender as coisas numa caixa, ser tomada de dores e suores.
Da janela quebrada agora me passam outras tempestades
Amanhã as acharei belas, como convém a todos os mistérios.

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