sábado, 16 de agosto de 2008

Tales, estás rubro!




A manhã mente que é nova mas falseia, Tales, a ti e a mim
É a mesma, identica manhã, desenlaçada
Posto que é a mesma mente
Aquela que perpetuou até hoje todos os lares e igrejas
Através de sóis e tempestades
Levando tantos derreterem nas fogueiras

E mesmo que, jovem, te esforces para modernizar a alma
Possui as mesmas calamidades dos teus pais, querido...
Posto que meu amor te assusta ainda
Quase te expulsa, te afugenta

Ando pela casa, enluarada, como brisa
Te chamo, meu amor, mas as febres noturnas acorrentam-nos
Não nos dissolvem, contraem-nos mais profundamente
Tecendo labirintos cheios de cores, mas noturnos
Donde as manhãs esburacadas passam

Peço, pois, a morte das filosofias!
Que eu tenha forças para descontinuar as eras
E contrariando, enfim, a elas
Nunca mais deixar de amar

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